A apresentação da música soul é emotiva; a melodia é bem ornamental misteriosa ornamentada e com improvisações, rodopios corporais do(a) cantor(a) e efeitos sonoros dos instrumentos. Os ritmos pegam facilmente, acentuados com o bater de palmas e os movimentos plásticos da coreografia são detalhes importantes. Outras características estilísticas importantes são as perguntas e respostas entre o cantor solista e o grupo coral, no estilo responsorial, e uma interpretação dramática do vocalista principal. A música soul normalmente também apresenta cantores acompanhados por uma banda tradicionalmente composta de uma seção rítmica e de metais.3 Desenvolvimento[editar | editar código-fonte] O desenvolvimento da música soul foi acelerado graças a duas tendências: o R&B e o gospel.1 Artistas como Ben E. King, Ray Charles, Solomon Burke, Jackie Wilson, Sam Cooke e os Isley Brothers fundiram a paixão dos vocais gospel com a música cativante e rítmica do R&B, formando assim o soul no final dos anos 1950. Socialmente, a grande audiência de adolescentes brancos que ouvia (inicialmente) cópias (ou "covers") brancos do R&B e sucessos de rock começou a demandar gravações dos artistas negros originais, tais como Little Richard e Chuck Berry. No fim dos anos 1950, isto fez com que várias gravadoras buscassem versões vendáveis de música. Os mais influentes selos de gravadoras eram a Stax records, baseada em Memphis, Tennessee, e a Motown, baseada na região de Detroit.3 Ray Charles James Brown Solomon Burke Durante os anos 1960, a música soul era popular entre negros nos Estados Unidos, e entre muitos ouvintes influentes espalhados pelos Estados Unidos e Europa. Artistas do chamado "blue-eyed soul" ("soul branco"; músicos brancos que tocavam para platéias brancas) tais como The Righteous Brothers alcançaram um grande sucesso em curto prazo, apesar de artistas como Aretha Franklin, Esther Phillips e o músico James Brown terem provado ser mais duradouros. Outros importantes músicos de soul da época foram Solomon Burke, Bobby Bland, Otis Redding, Wilson Pickett e Joe Tex. Da mesma forma que o "blue-eyed soul" ou soul branco, surgiu nesta época um grande número de variedades regionais do soul.3 No início dos anos 1970, o soul foi influenciado pelo rock psicodélico e outras variedades, e artistas como Marvin Gaye ("What's Going On") e Curtis Mayfield ("Superfly") lançaram declarações, em forma de discos, com duras críticas sociais. Artistas como James Brown conduziram o soul para uma espécie de "jam festival" dançante, resultando nas bandas funk dos anos 1970, como o Funkadelic, The Main Ingredient, The Meters e a banda War. Durante os anos 1970, algumas figuras do "soul branco" comercial, como Daryl Hall & John Oates alcançaram grande sucesso, e também grupos como The Delfonics e grupos do "soul da Filadélfia". Por volta do fim dos anos 1970, a disco dominava as paradas, e o funk, o "Philly soul" (soul da Filadélfia) e muitos outros gêneros foram influenciados pelo ritmo da discothèque. Um exemplo foi o grupo de "Philly soul" MFSB (produzidos por Kenneth Gamble e Leon Huff) ou o dançante funk de Rick James chamado "You and I", de 1978.3 Com a "decadência" da disco' music em fins dos anos 70, super-estrelas do soul, como Prince (Purple Rain) e Michael Jackson (Thriller) decolaram. Com vocais quentes e sensuais e batidas dançantes, estes artistas dominaram as paradas durante os anos 1980. Cantoras de soul tais como Whitney Houston, Janet Jackson e Tina Turner também ganharam grande popularidade durante a última metade da década.3 No início dos anos 1990, enquanto o rock alternativo, o heavy metal de grupos como Metallica, e o gangsta rap dominavam as paradas, alguns grupos começaram a fundir o chamado hip hop ao soul. Michael Jackson e o grupo Boyz II Men foram os mais populares dentre os pioneiros desta fusão. Durante a última parte da década, o chamado neo soul, surgiu e continuou esta mistura do hip hop ao soul, conduzido por nomes como Christina Aguilera Mariah.